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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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A QUESTÃO DA CAXEMIRA

 

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O QUE PENSA O POVO DE JAMMU E CAXEMIRA


 


"Nossa luta não violenta não é contra um  país ou uma comunidade em particular, apenas buscamos o cumprimento das promessas que nos foram feitas pelos líderes da Índia e do Paquistão. Essencialmente, lutamos para defender os princípios de justiça, liberdade e democracia. Não se trata só de uma luta do povo de Jammu e Caxemira, e sim de uma luta do povo da Índia, do Paquistão e, na verdade, do mundo inteiro."

Shabir Shah, presidente do Partido da Liberdade Democrática de Jammu e Caxemira

 



 

 

 

Quando, há meio século atrás, a Índia enviou seu exército para reprimir o levante popular de Jammu e Caxemira, o governo justificou o ato, citando o instrumento de anexação à Índia, assinado pelo marajá do estado. No entanto, afora o fato de que a autenticidade desse instrumento seja questionável, a própria Índia descredenciou o argumento quando enviou tropas para libertar o estado de Junagadh, que tinha assinado um instrumento semelhante de adesão ao Paquistão, com o fundamento de que a maioria da população era hindu e que se opunha à anexação ao Paquistão muçulmano. Além disso, a Índia também aceitou as resoluções da ONU sobre a Caxemira, que convocavam um plebiscito que fosse supervisionado pela ONU para garantir a vontade do povo de Jammu e Caxemira, e que aquela vontade fosse respeitada.

O Paquistão, o outro vizinho da Caxemira, também aceitou a resolução da ONU e comprometeu-se a respeitar a vontade popular da Caxemira, que fosse expressa no plebiscito proposto. Com os dois países vizinhos de Jammu e Caxemira aceitando que o povo pudesse exercer o inalienável direito à autodeterminação, o conflito poderia ter sido resolvido em meses, talvez em semanas. Mas, a ganância tomou conta dos dois países, que começaram a busca pelo controle do estado. A Índia começou dizendo que a Caxemira era "uma parte integrante da Índia" e o Paquistão que era "a veia jugular do Paquistão".

Desde então, Índia e Paquistão, membros da ONU, vêm apresentando suas infundadas reivindicações sobre o estado. O desejo e aspirações políticas de 13 milhões de pessoas foram deliberadamente apresentados ao mundo como sendo uma disputa territorial entre a Índia e o Paquistão, e a linha de cessar-fogo acabou transformando-se virtualmente em uma fronteira internacional, que dividiu o estado de Jammu e Caxemira em Caxemira ocupada pelos hindus e Caxemira ocupada pelo Paquistão.

Isto mostra como os vizinhos da Caxemira estão tão obcecados pela ganância pelos ganhos territoriais que negam insistentemente ao povo da Caxemira uma oportunidade de exercer seu direito fundamental à autodeterminação, concedido pela ONU e aceito por ambos países. Enquanto isso, a população dos dois lados da linha divisória, continua a sofrer. E o que a ONU faz para convencer a Índia e o Paquistão para respeitarem a resolução que ambos aceitaram? 

Nada, até agora. Nem mesmo uma palavra de protesto a respeito do sofrimento continuado da população de Jammu e Caxemira.

O motivo para esta permissão tácita para que Índia e Paquistão cumpram  seus respectivos projetos sobre a Caxemira tornou-se óbvio com o seguinte exemplo. A ONU autorizou a edição de um livro sobre suas conquistas nesses seus 50 anos de existência. No capítulo sobre os direitos humanos, os autores citaram uma observação feita pelo Dalai Lama, do Tibé, que diz: "é inerente á natureza do ser humano o desejo de liberdade".  Mas a ONU considerou essa afirmação "inaceitável"  e pediu que os autores a retirassem.

Defendendo esta postura, que foi descrita pelo editor do livro, Jonathan Power, como "limpeza intelectual"... os funcionários da ONU dizem, que como o livro vem com o emblema da ONU, a ONU não poderia permitir que ele contivesse passagens que possam ofender qualquer de seus vizinhos.

Em outras palavras, até para induzir a ONU  a condenar os vizinhos da Caxemira, que são membros da ONU... a Caxemira precisa tornar-se um membro seu. Isto é impossível, até que o povo da Caxemira primeiro consiga sua independência.

Não pode, sequer, reclamar à Comissão dos Direitos Humanos da ONU contra as atrocidades de torturas, assassinatos, prisões, saques e outros excessos perpetrados pelos 500 mil soldados do exército de ocupação da Índia, baseados na Caxemira. Até para isto, precisa que algum estado membro da ONU apresente o caso perante a Comissão. Olhando para o comportamento estúpido dos governos ocidentais e a complacência da burocracia da ONU, é claro que o povo da Caxemira terá que enfrentar uma longa luta, se quiser ver um fim na ocupação de sua terra natal.

O povo da Caxemira, embora mal equipado e mal treinado, tem mostrado enorme coragem e determinação nestes últimos oito anos, ao enfrentar o poder militar da Índia. Eles enfrentam uma luta crescente, mas o apoio moral e político do mundo em geral, pode tornar a luta mais fácil para eles.

Não está longe o dia em que os políticos da Índia e do Paquistão perceberão que o custo de manter o controle sobre a Caxemira "à força" tornar-se-á inaceitável para a população dessas duas nações em desenvolvimento.

http://members.aol.com/kashmir290/n9.html

 

 

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