Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
A QUESTÃO DA CAXEMIRA
O QUE PENSA O PAQUISTÃO
O governo indiano não aceita a participação do Paquistão nas negociações de paz, conforme proposto pelo Hizbul Mujahidin, principal grupo separatista da Caxemira. O Lashkar-e-Taiba é um dos diversos grupos separatistas, baseado no Paquistão, e que é acusado pelo premiê indiano de ser o responsável pelos ataques cometidos recentemente na Índia. O líder paquistanês nega o envolvimento de seu país nos últimos atentados. Em recente conferência do Takmil-i-Pakistan, patrocinada pelo grupo Lashkar-e-Taiba, o professor Hafiz Mohammad Said fez um pronunciamento. A seguir, alguns trechos de seu discurso:
"Amir Lashkar-e-Taiba Markaz Ad-Dawa Wal-Irshad Prof. Hafiz Mohammad Said disse
que enquanto estivermos reunidos em torno do SHAHRAH-I-QUAID-I-AZAM, o caminho
atribuído ao Fundador do Paquistão, declararemos nossa determinação de criar o
Paquistão Maior através da jihad.
Foi assim em 1940, quando a Resolução do Paquistão passou, e é hoje quando
apresentamos uma resolução para o Paquistão Maior. Ele expressou estas idéias
enquanto discursava na conferência Takmil-i-Paquistan, que aconteceu, aqui, em
14.08 no Regal Chowk Mall Road. A conferência foi patrocinada pelo
Lashkar-e-Taiba. Ele perguntou às pessoas se queriam aprovar e ajudar essa
resolução. Milhares de pessoas levantaram as mãos em sinal de aprovação. Hafiz
Said disse que esta resolução não é apenas uma coleção de documentos, e sim uma
decisão escrita com o sangue dos mártires. Este caminho tornou-se um símbolo
da Jihad da Caxemira. Ele disse que grupos iniciarão a jihad na própria Índia.
Saquearão a Autoridade Bramânica. "O Paquistão, no momento, não pertence apenas
aos muçulmanos do Punjab, Sind, Beluquistão, mas que é uma preocupação dos
muçulmanos de todo o subcontinente." Ele disse que o Paquistão ficaria
incompleto sem a emancipação dos estados de Junagarh, Hyderabad e Manawa. A
declaração de hoje, do início de jihad na Índia, certamente atrapalhará Vajpayee
(premiê indiano). Levaria a um novo movimento contra o Lashkar-e-Taiba. Neste
cenário, podemos questionar qual a "LEI" que permitiu que a Índia cruzasse as
fronteiras internacionais e iniciasse um ataque armado ao Paquistão oriental,
dividindo o país em mais dois pedaços. A população de Hyderabad, Junagarh,
Manawa e Caxemira já declarou sua anexação ao Paquistão. A Índia, ao entanto,
violou todos os códigos morais e internacionais, quando ocupou esses territórios
ilegalmente. A ONU, Europa e Estados Unidos, não impuseram qualquer restrição
para que a Índia voltasse atrás nessa usurpação. Tornamos claro que o governo do
Paquistão pode mostrar-se negligente e aceitar as pressões, mas seremos
independentes em relação à jihad. Ele disse que o Paquistão deve mandar seu
exército recuperar a Caxemira. Estaria de acordo com a opinião do Fundador do
Paquistão, que deu ordens ao comandante do exército de seu tempo para mobilizar
as tropas na Caxemira. Mas o comandante do exército inglês negou. O governo do
Paquistão deveria ter seguido as ordens do grande Quaid. Se o governo está
desamparado, isto não quer dizer que as massas estejam", disse ele. "Jamais
aceitaremos qualquer código de crueldade e brutalidade e jamais admitiremos a
ocupação hindu desses estados".
O Professor Hafiz Said também acrescentou que a América deseja declarar o Lashkar-e-Taiba como um grupo terrorista. "Deixaremos bem claro que o nosso não é um partido de Dakotas e ladrões. Como podemos ser chamados de terroristas, quando cada criança paquistanesa aprova nossa luta". Ele disse que esta grande reunião prova que nosso grupo se esforça pela Paz e Liberdade. "É a Índia que é terrorista", declarou solemente. Mohammad Bin Qasim pediu a jihad contra os saqueadores. Ele disse que a Índia precisa ter coragem de levar suas queixas contra o Lashkar-e-Taiba à Corte Internacional de Justiça e nós provaremos que é o exército hindu, e não o Mujahidin (principal grupo separatista muçulmano da Caxemira), quem comete as atrocidades contra inocentes civis desarmados. Ele disse que o massacre dos peregrinos hindus foi feito pelo próprio exército da Índia. Se a Índia se eximir deste caso, então é preciso levar a questão a nível mundial. O respeitado Amir disse que na verdade grupos extremistas hindus, como o shiv sina, bajrang dal e vishva, são terroristas que constantemente invadem os muçulmanos e as minorias, como os cristãos e outros também. O partido Bhartia Janata, que atualmente detém todo o poder na Índia, patrocina essas facções hindus, treinando-as para atacar muçulmanos e cristãos na Índia. Hafiz Mohammad Said disse que as operações Fidain deverão se iniciar logo na própria Índia. Os civis e as instituições civis não serão vítimas dos ataques dos mujahidin e sim as instalações militares indianas. Ele disse que no momento só restam duas opções à Índia. Ou ordena a retirada de suas tropas ou os mujahidin se verão compelidos a expulsar o exército indiano. Ele disse que originalmente éramos da Índia, de onde fomos forçados a migrar. "Jamais perdoaremos a Índia por este erro crasso".