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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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A Conquista de Alexandria

 

A história dos patriarcas de Alexandria-Relatos de Al-Baladhuri

'Amr manteve seu caminho até chegar em Alexandria, cujos habitantes ele imaginava que fossem resistir, mas os coptas que lá residiam  preferiam a paz. Al-Mukaukis comunicou-se com 'Amr e pediu paz e uma trégua por algum tempo; mas 'Amr recusou. Al-Mukaukis, então, ordenou que as mulheres ficassem diante dos muros, com os rostos voltados em direção à cidade e que os homens permanecessem armados, com suas faces voltadas para os muçulmanos,   esperando, assim, que eles se amedrontassem. 'Amr enviou uma palavra, dizendo "Estamos vendo o que vocês fizeram. Não foi por uma questão de número que conquistamos aqueles que conquistamos. Encontramos o seu rei Heráclio e sucedeu a ele o que tinha que suceder" Ouvindo isto, al-Mukaukis disse para seus seguidores, "Essas pessoas estão dizendo a verdade. Eles perseguiram nosso rei em seu reino até Constantinopla. É melhor, portanto, que nos submetamos." Seus seguidores, contudo, falaram rispidamente com ele e insistiram que continuassem lutando. Os muçulmanos lutaram ferozmente contra eles por três meses. Afinal, 'Amr conquistou a cidade pela espada e saqueou tudo que tinha nela, poupando seus habitantes, que não foram mortos ou tornados cativos. Ele os reduziu à posição de dhimis, como o povo de Alyunah. 'Amr comunicou a notícia da vitória a 'Omar através de Muawiah ibn-Hudaij al-Kindi (mais tarde, as-Sakuni) e mandou por ele o quinto.

Os gregos escreveram a Constantino, filho de Heráclio, que era o rei naquela época, dizendo-lhe quão poucos os muçulmanos eram e como tinham conseguido rebaixar a condição dos gregos e como eles tinham que pagar  impostos. Constantino mandou um de seus homens, chamado Manuwil, com 300 navios repletos de soldados. Manuwil entrou em Alexandria e matou toda os sentinelas que estavam nela, com exceção de uns poucos, que, por meio de sutilezas, conseguiram escapar. Isto aconteceu no ano 25. Ouvindo as notícias, 'Amr partiu à frente de 15.000 homens e encontrou os soldados gregos semeando a discórida nas cidades egípcias próximas a Alexandria. Os muçulmanos os encontraram e por uma hora foram submetidos a uma saraivada de flechas, mas estavam protegidos por seus escudos. Eles, então, avançaram intrepidamente  e a batalha se intensificou com grande violência, até que os politeístas debandassem em carreira em direção a Alexandria, sem que   nada os pudesse deter. Aqui, eles se fortificaram. 'Amr promoveu um assalto violento e destruiu os muros da cidade. Ele pressionou a luta tão duramente  até que conseguisse entrar na cidade, matando os padres e tomando as crianças como cativas. Alguns de seus habitantes gregos deixaram para se juntar aos gregos em algum lugar; e o inimigo de Allah, Manuwill, foi morto. 'Amr e os muçulmanos destruíram os muros de Alexandria no cumprimento a uma promessa que 'Amr tinha feito no caso de submeter a cidade ... 'Amr ibn-al-Asi conquistou Alexandria e alguns muçulmanos fizeram dela  sua morada, como guardas da cavalaria.

 


Source.

From: Sawirus ibn al-Muqaffa, History of the Patriarchs of the Coptic Church of Alexandria, trans. Basil Evetts, (Paris: Firmin-Didot, 1904), pt. I, ch. 1, from Patrologia Orientalis, Vol. I, pp. 489-497, reprinted in Deno John Geanakoplos, Byzantium: Church, Society, and Civilization Seen Through Contemporary Eyes, (Chicago: University of Chicago Press, 1984), pp. 336-338;

Philip Hitti, trans., The Origins of the Islamic State, (New York: Columbia University Press, 1916), Vol. I, pp. 346-349, reprinted in Deno John Geanakoplos, Byzantium: Church, Society, and Civilization Seen Through Contemporary Eyes, (Chicago: University of Chicago Press, 1984), pp. 338-339.

Scanned by Jerome S. Arkenberg, Cal. State Fullerton. The text has been modernized by Prof. Arkenberg.


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