Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
BATALHA DE TOURS
Em 711, as forças muçulmanas cruzaram o Estreito de Gibraltar, conquistaram o reino visigodo e em menos de uma década cruzavam os Pirineus. Em 732, sob o comando de Abd ul-Rahman, foram derrotados por Charles Martel e pelos francos na Batalha de Poitiers (ou Tours). Este acontecimento parece ser mais decisivo para a história do ocidente do que para os muçulmanos.
O ano de 732 d.C foi um ano desastroso para o Islam. Os muçulmanos lutaram com bravura, como de costume, e penetraram os muros blindados dos francos. A batalha durou três dias. No terceiro dia, Abdul Rahman foi atingido por uma seta. Quando a noite caiu, os muçulmanos se reuniram para decidir o que fazer, se continuavam a luta ou se se retiravam. Eles percebiam que os francos eram muito fortes e que sua capital tinha que se render. Mas, seu general estava morto, Damasco estava distante mais de 3.000 milhas e para alcançar a Espanha teriam que cruzar os Pirineus. Por outro lado, não tinham recebido qualquer reforço. Assim, decidiram pela retirada. À meia-noite, eles levantaram acampamento e partiram. Quando os cristãos acordaram na manhã seguinte, não havia mais inimigo. Esta foi a vitória de Tours, que ficou sendo considerada o ponto de partida da história européia.
A verdade é que as coisas não iam bem em Damasco. Havia distúrbios por toda a parte e o califa não podia se concentrar nas conquistas. As forças muçulmanas deram uma parada em sua marcha avançada, mas continuaram com pequenas incursões ao sul e a leste da França por um longo tempo. Avignon, que fica a leste, foi conquistada pelos muçulmanos dois anos mais tarde (734 d.C). Mas, com o declínio dos omíadas e os frequentes movimentos contra sua dinastia, o avanço sobre a França foi suspenso.
"A Short History of Islam" -
S.F. Mahmud