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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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A BATALHA DE AIN JALUT

 

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A vitória mais importante dos mamelucos foi, sem dúvida, no oásis de Ain Yalut ("A Fonte de Golias"), na localidade palestina de Ein Harod, em 1260. Neste dia, Baibars e o sultão Qutuz derrotaram um poderoso exército mongol, composto de 50.000 homens e 10.000 cavaleiros, que havia sido enviado por Hulagu (neto de Gêngis Khan), sob a liderança de Ketbogha. A estratégia dos mamelucos foi uma cópia do ardil usado pelo general cartaginês, Aníbal, contra os romanos. A infantaria muçulmana (cerca de 20.000), sob o comando do sultão Qutuz Ibn Abdullah, esperou fora do alcance do inimigo, enquanto Baibars e seus 12.000 cavaleiros fingiram atacar maciçamente e logo retrocederam. Os mongóis partiram na perseguição daqueles que se retiravam sem perceberem que estavam sendo levados para um cerco que se fechou no momento preciso, com a cavalaria mameluca contratacando. Ketbogha morreu em combate e Baibars conseguiu a vitória. Esta batalha foi uma das mais importantes da história e segundo o medievalista inglês, Steven Runciman, em A História das Cruzadas, "A vitória mameluca salvou o Islam da ameaça mais perigosa de todas as que tinha enfrentado. Se os mongóis tivessem penetrado o Egito, não teria restado um único estado muçulmano importante no mundo a leste do Marrocos."

Pode-se imaginar o que teria acontecido se a vitória em Ain Jalut tivesse sido dos mongóis e como a história do Mediterrâneo teria sido outra e, com ela, a da civilização islâmica. Já em 1260, grandes cidades muçulmanas como Bucara, Samarcandia, Ghazni, Herat, Merv, Tabriz, Mosul, Alepo, Damasco, tinham sido saqueadas e quase que destruídas pelos mongóis. Os sábios do Islam com suas universidades (madrassas), bibliotecas, observatórios, laboratórios e várias descobertas inestimáveis  acumuladas por 6 séculos se perderam para sempre.   Somente em Bagdá, os mongóis mataram perto de 1 milhão de muçulmanos árabes e persas em 40 dias.

Curiosamente, a partir de Mahmud de Ghazan (1295-1304) - o restaurador do Islam no Irã - os mongóis foram aos poucos se convertendo ao Islam e tiveram seus sábios e cientistas como Ulug Beg - astrônomo e historiador, teólogo, poeta e mecenas das artes - e políticos e guerreiros como Zahiruddin Muhammad Babur (1483-1530)- fundador da dinastia mogol da Índia muçulmana (1526-1858), que revitalizaram e consolidaram o Islam no Extremo Oriente.

No entanto, iria surgir uma nova e inesperada situação. Em 1299, o líder mongol Mahmud Ghazan cruzou o Eufrates com um enorme contingente e se apoderou de Alepo. Sua aceitação do Islam era recente e sua ambição e poder eram superiores à nova fé. Ghazan tinha concretizado uma aliança com o papa Bonifácio VIII (1240-1303), a quem prometeu os lugares santos da Palestina em troca de ajuda. Ghazan venceu os mamelucos perto de Homs, na Síria, e conquistou Damasco. Em 1303, os mongóis iniciaram uma nova campanha sob a liderança de Kutluk Sha, mas os mamelucos os derrotaram em Mary as-Saffar, próximo de Damasco.

FONTES

http://www.organizacionislam.org.ar/index2.htm

 

 

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