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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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A BATALHA DE BADR

 

 

A batalha de Badr foi a mais importante de todas as batalhas islâmicas e talvez a menos expressiva em números. Pela primeira vez, os seguidores da nova fé eram postos à prova. Se o resultado desse acontecimento tivesse sido outro, isto é, se a vitória tivesse sido das forças inimigas, talvez a fé do Islam tivesse chegado ao fim.

Ninguém tinha mais consciência da importância do resultado da batalha do que o próprio Profeta. Pode-se perceber a profundidade de seu fervor na prece dirigida a Deus antes do início dos combates.

"Ó Deus, eis os coraixitas. Chegaram com toda a sua arrogância e jactância, tentando desacreditar Teu apóstolo. Ó Deus, desacredita-os amanhã. Ó Deus, se este bando de muçulmanos perecer hoje, Tu não serás adorado".

Os habitantes de Meca eram fortes e orgulhosos de sua riqueza e posição. Para lutar contra eles, era preciso ter-se uma estratégia. O Profeta decidiu, então,  atacar na raiz dessas duas coisas. A riqueza deles dependia do comércio com a Síria,  no litoral mediterrâneo, portanto, o caminho para a Síria precisava ser cortado. Por outro lado, eles se consideravam os melhores em tudo, dentre todos os árabes, assim,  era preciso mostrar-lhes que estavam errados.

O Profeta mandou uma pequena patrulha de muçulmanos com a ordem de que a próxima caravana para Meca, que obviamente era escoltada por guarda-costas, fosse atacada. Acontece que a caravana era chefiada por Abu Sufyan, o arqui-inimigo do Islam. Embora a caravana tivesse uma guarda forte, Abu Sufyan percebeu o perigo e despachou uma mensagem para Meca pedindo ajuda. Enquanto isso, os muçulmanos chegaram sob a liderança do Profeta. Eles eram apenas 300 soldados, enquanto que as forças  inimigas se contavam em 1000.

Quando os combates estavam mais renhidos, o Profeta  pegou um punhado de cascalho e atirou no rosto dos pagãos dizendo "Que suas faces fiquem desfiguradas. Deus, amendronte seus corações e imobilize seus pés." Os pagãos fugiram sem olhar para ninguém. Os muçulmanos continuaram lutando e fazendo prisioneiros. Nestes combates, 70 pagãos morreram e os muçulmanos fizeram 70 reféns. O Profeta mostrou grande diplomacia e perspicácia. Rejeitou os conselhos de vingança e tomou os prisioneiros como reféns, tratando-os bem.

Certamente esses são números pequenos mas, mesmo assim, uma das mais decisivas batalhas foi travada em Badr, no ano de 623d.C, o segundo ano da Hégira. Os muçulmanos, inspirados pela fé, não duvidaram por um instante sequer de que venceriam. Varreram o inimigo do campo e foi uma grande vitória. Esta batalha estabeleceu a fundação do estado islâmico e transformou os muçulmanos numa força respeitada pelos habitantes da península arábica.

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Referências:

1. "A Biografia do Profeta", por Abdul Malik Ibn Husham

2. "A Short History of Islam", por S.F. Mahmud, Oxford University

 

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