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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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OS SELJÚCIDAS

 

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Embora alguns generais turcos já tivessem alcançado um poder considerável na Mesopotâmia e no Egito, durante os séculos X e XI, a chegada dos seljúcidas assinalou a penetração em grande escala dos turcos no Oriente Médio. Descendendo de uma tribo de nome seljuk, cujas terras ficavam além do rio Oxus, próximo ao mar Aral, os seljúcidas desenvolveram um exército poderoso, e através dos   contatos mais estreitos com a vida da corte persa, no Corassã e na Transoxiana, conseguiram atrair, também, uma equipe de administradores capazes. Estendendo-se desde a Ásia Central até a Ásia Menor, os governos de seus três primeiros sultões - Tughril Beg, Alp-Arslan e Malikshah - fundaram um estado sunita bem administrado, sob a autoridade nominal dos califas abássidas de Bagdá.

Depois da morte de Malikshah, em 1092, um conflito interno entre os jovens herdeiros levou à fragmentação da autoridade central seljúcida e à divisão em vários pequenos estados seljúcidas, conduzidos por diversos membros da família, e em unidades menores conduzidas por chefes tribais, nenhum dos quais com capacidade para unificar o mundo muçulmano, até porque uma outra força surgia no Oriente Médio: as Cruzadas.

Um dos administradores, o persa Nizam-al-Mulk, tornou-se um dos maiores estadistas do Islam medieval. Por vinte anos, principalmente durante o governo do sultão Malikshah, ele foi o verdadeiro protetor do estado seljúcida. Além do mais, possuindo habilidades administrativas, ele era um ilustre estilista, cujo livro sobre a arte de governar, Siyasat-Namah, é uma fonte valiosa sobre o pensamento político de seu tempo. Além do mais, Nizam-al-Mulk, era um muçulmano ortodoxo devoto, que estabeleceu um sistema de madrassas (chamadas de nizamiyah), ou seminários teológicos, para propiciar aos estudantes uma educação gratuita sobre as ciências religiosas do Islam, e sobre os mais avançados pensamentos científico e filosófico da época. O famoso teólogo muçulmano, al-Ghazali, cuja maior obra, "O Renascimento das Ciências da Religião",  foi um triunfo do ensino da  teologia sunita da época nas escolasnizamiyah de Bagdá e Nishapur. Nizam al-Mulk foi o patrono do poeta e astrônomo Omar al-Khayyam, cujos versos, traduzidos para o inglês, ficaram famosos.

No período entre 1038 d.C e 1077 d.C, os turcos seljúcidas saíram de suas remotas terras ao norte dos mares Cáspio e Aral para o coração do mundo islâmico, criando um vasto império que se rivalizaria com o dos  omíadas e o dos abássidas. Em 1100d.C, este império já tinha começado a se desintegrar, devido à prática sejúcida de dividir o território entre os membros das famílias e de colocar partes do governo sob o controle dos "atabegs", ou seja, guardiães menores de idade, incapazes de cumprir com suas tarefas, mas bem sucedidos no uso das terras confiadas a eles em benefício próprio ou de seus descendentes.

Depois da morte de Malikshah, em 1092, um conflito interno entre os jovens herdeiros levou à fragmentação da autoridade central seljúcida em vários pequenos estados seljúcidas, conduzidos por diversos membros da família e a unidades menores conduzidas por chefes tribais, nenhum dos quais com capacidade para unificar o mundo muçulmano, porque uma outra força surgia no Oriente Médio: as Cruzadas.

A linha principal dos Grandes Seljúcidas terminou em 1157 d.C, mas seu ramo na Turquia, os Seljúcidas do Rum, continuou ativo por mais um século e meio. Uma parte desse grupo, conhecida com os Seljúcidas de Arzarum, no início de 1200 d.C, teve, durante duas décadas, uma linhagem separada de governantes, numa pequena região da Turquia oriental. Os Seljúcidas do Rum tiveram o controle nominal da Anatólia até 1307 d. C., mas sua influência  já vinha se enfraquecendo desde 1243 d.C, quando foram derrotados pelos mongóis e por uma invasão mameluca, em 1276 d.C.,   levando a uma segunda incursão mongol. Isto os deixou subjugados aos mongóis da Pérsia até a  sua extinção, em 1307d.C.  Quando  chegaram ao fim, a Anatólia estava fragmentada em um grupo de diversos estados pequenos, conhecidos com "beyliks".

Os seljúcidas atabegs eram numerosos, mas um se   sobressai, historicamente, sobre os outros,  os zangidas, que tiveram um papel de destaque na contra-ofensiva muçulmana aos cruzados, em meados do ano 1100 d.C. Nesse processo, criaram um grande estado que ia do norte do Iraque e Síria até ao Egito. Os outros atabegs, incluíam os salduqidas de Arzarum,  os begteginidas de Irbil, os begtimuridas da Armênia, os ildegizidas do Azerbaijão, os reis de Ahar, vassalos dos governantes do Azerbaijão, os inalidas de Diyarbakr, na Turquia oriental e os nisanidas, vassalos do inalidas.

O Egito dos fatimidas foi conquistado em 1169, durante uma expedição zangida, chefiada pelo irmão de um curdo, de nome Ayyub. Logo depois da vitória ele morreu, mas seu filho, conhecido no ocidente como Saladino, criou um estado aiúbida no Egito. Ele permaneceu vassalo dos zangidas até a morte de seu patrocinador, Nur Al-Din, mas em seguida ele de imediato ocupou o território zangida. Nessa mesma época, o califado abássida havia recuperado um certo grau do poder temporal na região de Bagdá.

 

 

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