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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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OS AGLÁBIDAS

 

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Ainda que o poder do califa abássida estivesse no seu auge, o governo efetivo, no entanto, era limitado. Havia regiões distantes nas montanhas e nas estepes que não se haviam  submetido. Com o passar do tempo, a autoridade do califado viu-se presa nas contradições dos sistemas burocráticos centralizados de governo. Para governar aquelas províncias tão distantes, o califa tinha que conceder certa autonomia de poder, como a arrecadação de impostos e o uso dos recursos na manutenção das administrações locais. Embora possuísse um serviço de inteligência que permitia o controle daqueles governadores, o califa não conseguiu impedir que alguns deles garantissem suas próprias posições, mantendo o poder dentro de suas famílias, apesar de, em princípio,  permanecerem leais aos interesses maiores do califado. Desta forma, começaram a surgir dinastias locais, como os samânidas no Corassã, tulunidas no Egito e os aglábidas na Tunísia.

No ano de 800, Ibrahim Ibn Al Aghlab fundou a primeira dinastia (aglábida) independente na Ifriquia, que governou a região, com base em Fez, atual Marrocos,  de 800 até 909. Ainda que submissos aos califas abássidas, na verdade eram independentes. A independência foi concedida pelos governantes abássidas de Bagdá e a partir daí, os abássidas nunca mais governaram o Egito. Os aglábidas foram responsáveis pela construção da  grande mesquita e das muralhas e transformaram-na em importante centro cultural, onde as ciências religiosas e a poesia floresceram. Criaram uma marinha mercante e desenvolveram a arte, a agricultura e a irrigação. A atividade intelectual foi intensa. Entre as figuras mais renomadas estavam Imam Suhnun e Assad Ibn Al-Furat (direito) Yahia Ibn Sallam (exegese do Alcorão) e Ibn Al-Jazzar (medicina).

 

Aqueduto construído pelos aglábidas  em Cairouan

O maior feito dos aglábidas foi a conquista da Sicília, entre 827 e 878. Em 846, o exército aglábida subindo pela costa italiana, atacou Roma, mas foi obrigado a retornar para a Sicília. A ilha permaneceu sob controle muçulmano, mesmo depois que eles perderam o poder, e foi reconquistada pelos cristãos em1091.

Em 909 os aglábidas não resistiram ao processo de expansão dos fatimidas, que tinham migrado do Magrebe para o Egito. Em 910, Obaid Alla al Mahdi entrou em Cairouan e anunciou o estabelecimento do califado fatimida no Magrebe.

 

 

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