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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

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MOHAMMAD, O PROFETA DE DEUS

UMA BREVE BIOGRAFIA


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Introdução

Nos anais da história da humanidade, em todas as épocas e lugares, há sempre o relato de pessoas que devotaram suas vidas às reformas sociais e religiosas de seus povos. Na Índia, viveram   aqueles que transmitiram ao mundo os Vedas e  também lá  viveu Sidarta  Gautama. Na China, houve Confúcio. A Babilônia deu ao mundo um dos maiores  reformadores,  o Profeta Abraão. O povo  judeu pode, muito justamente, se orgulhar de uma longa série de reformadores: Moisés, Samuel, Davi, Salomão e Jesus, entre  outros.  Esses  reformadores,  de um modo geral, reivindicaram ser  portadores de uma missão divina  e legaram livros sagrados que incorporavam códigos de  vida    para orientação de  seus povos.

O homem sempre teve consciência da existência de um Ser  Supremo, Mestre e Criador de tudo. Os métodos e abordagens podem ter diferido, mas os povos em cada época deixaram as marcas de suas tentativas de submissão a Deus. Fosse essa comunicação sob a forma de uma encarnação da Divindade, ou simplesmente a recepção das mensagens divinas, o objetivo em cada caso era a orientação das pessoas.

Ao final do século VI d.C, os homens já haviam alcançado grande progresso em diversos setores da vida. Naquela época, havia algumas religiões que abertamente se proclamavam destinadas a  apenas alguns grupos e raças de homens e claro que elas não traziam em si qualquer remédio para os males da humanidade. Havia também umas poucas que reivindicavam a universalidade, mas declaravam que a salvação do homem estava na renúncia a este mundo. Eram as religiões da elite e congregavam um pequeno número de pessoas.

Nessa época, a península arábica era habitada por povos instalados em acampamentos, da mesma forma que os povos nômades. Muitas vezes, membros de uma mesma tribo se dividiam em outros grupos e, muito embora mantivessem uma relação, seguiam diferentes modos de vida. Os meios de subsistência na Arábia eram escassos. O deserto tinha suas desvantagens e o comércio das caravanas era mais importante do que a agricultura ou a indústria. Isso exigia muitas viagens e os homens tinham que ir além da península, para a Síria, Egito, Abissínia, Iraque, Índia e outras terras.

Na Arábia Central, estava localizado o Iêmen, muito justamente conhecida como Arábia Felix. Na época do Mohammad, o Iêmen estava dividido em inúmeros principados e ocupado em parte por invasores estrangeiros. Os sassânidas da Pérsia, que tinham penetrado o Iêmen, já tinham obtido a posse da Arábia Oriental. Havia um caos sócio-político na capital (Madain), com reflexos em todos os seus territórios. A Arábia do Norte havia sucumbido às influências bizantinas e  enfrentava  seus próprios problemas. Somente a Arábia Central permanecia imune aos efeitos da ocupação estrangeira.

Nesta  área limitada da Arábia  Central, a existência do triângulo Meca-Ta'if-Medina parecia alguma coisa providencial. Meca, desértica, privada de água e de outros encantos, representava a África e o ardente deserto  do Saara. A umas poucas milhas dali, Ta'if apresentava um aspecto mais europeu. Medina, ao norte, não era menos fértil do que a maior parte dos países asiáticos como a Síria, por exemplo. Se o clima tem alguma influência sobre o caráter do ser humano, este triângulo, mais do que qualquer outra região da terra, era uma reprodução miniaturizada do mundo todo. E nesse lugar nasceu Mohammad, o Profeta do Islam.

Do ponto de vista da religião, a Arábia era politeísta e apenas uns poucos indivíduos haviam abraçado uma religião. O povo de Meca tinha noção de um Deus único, mas acreditava também que os ídolos tinham poder para interceder junto a Ele. Curiosamente, não acreditavam na ressurreição e na vida após a morte. Eles tinham preservado o ritual da peregrinação à Casa de Deus, a Caaba, uma instituição construída sob inspiração divina por seu ancestral Abraão. Os 2000 anos que os separavam de Abraão haviam transformado a peregrinação em um espetáculo de feira comercial.

Apesar da pobreza em recursos naturais, Meca era o mais desenvolvido dos três pontos do triângulo. Meca era uma cidade-estado, governada por um conselho de dez chefes hereditários, que usufruíam uma clara divisão de poder. Os chefes de caravanas gozavam de boa reputação e tinha permissão para visitar os impérios vizinhos para efetuar negócios. Embora não muito interessados na preservação das idéias e no registro escrito de sua história, eles cultivavam as artes e as letras, como, por exemplo, a poesia, a oratória e as lendas. Foi nesse ambiente que nasceu Mohammad, o profeta do Islam.

 

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