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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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OMAR IBN ABDUL AZIZ (717-720d.C)

 

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Suleiman foi sucedido por Omar ibn Abdul Aziz, que tinha as qualidades dos primeiros califas: era um homem honesto e fervoroso. Mesmo os mais severos críticos dos  omíadas fazem uma exceção  a ele. 'Omar ibn Abdul Aziz foi o restaurador do primeiro século depois da Hégira. Imam Ahmad ibn Hanbal foi a primeira pessoa a declará-lo como tal e os exegetas muçulmanos concordam a esse respeito.

Durante o período omíada, a sucessão de poder era hereditária e estava, por isso, restrita à família omíada, até Sulaiman assumir o poder. Ao indicar o seu sucessor, Sulaiman buscou orientação com os filhos dos Companheiros do Profeta, e eles lhe disseram que escolhesse 'Omar Ibn Abdul Aziz. Quando ele foi escolhido, o povo o carregou em seus ombros até o púlpito. Ele agradeceu a Allah e disse: "Ó gentes! Esta questão recaiu sobre mim sem que dela eu tivesse conhecimento, nem pedido, e nem fui consultado a respeito e agora eu estou renunciando. Portanto, escolham um Khalifah entre vós." O povo gritou a uma só voz: "Nós o escolhemos, ó 'Omar, e o aceitamos como nosso Khalifah!"

Este foi o primeiro ato de restauração de 'Omar: transformar a sucessão de poder, de hereditária para a forma original de consulta, onde os muçulmanos escolhem seus governantes. 'Omar começou o movimento de restauração muito seriamente. Aboliu os luxos que havia sido adotado por seus antecessores, e todos os privilégios usufruídos pela família e parentes deles. Ele pediu a sua esposa que escolhesse entre estar com ele ou ficar com a fortuna que seu pai tinha dado a ela, e ela preferiu ficar com ele e suas jóias foram para o tesouro.

Muawiyah tinha introduzido a prática de amaldiçoar 'Ali, depois da "khutba" (sermão da sexta-feira) e outros omíadas passaram a fazer a mesma coisa. Omar ibn Abdul Aziz aboliu essa prática.  Omar, o Grande, em seu extremo zelo, declarou toda a propriedade do Profeta como um bem do estado e durante algum tempo  foi motivo de ressentimentos entre os seguidores de 'Ali que o pomar de Fidak tivesse sido tirado deles.   Omar se sensibilizou e devolveu o pomar para os descendentes de 'Ali. Ele aboliu certas taxas sobre os não muçulmanos e foi muito elogiado por este ato, muito embora privasse o governo das receitas necessárias. Mas ele não foi tão liberal em relação aos não muçulmanos quanto os omíadas o foram.

'Omar não gostava de guerras ou conquistas mas, mesmo assim, não impediu que os exércitos muçulmanos continuassem avançando em direção à França. Em 717, al-Hurr transformou Narbonne, no sul da França, em seu quartel general e começou a operar de lá. Omar acreditava na igualdade de direitos   para todos e por isso ele concedeu direitos iguais aos mawali (libertos). Ele vivia de uma forma muito simples e dificilmente gastava alguma coisa com ele próprio.

Em seguida, ele promoveu grandes mudanças no governo. Indicou exegetas juristas, conhecidos pelo espírito de justiça e correção e demitiu os corruptos. Aboliu os impostos e distribuiu a riqueza com justiça. Organizou a coleta e a distribuição do zakat tão bem que houve um tempo em que ninguém se habilitou a ele e os encarregados de sua destinação não encontravam ninguém a quem dá-lo.

Depois, ele trabalhou pela purificação do ambiente social e moral da comunidade. Por esta razão, ele encorajou os exegetas a divulgarem o verdadeiro conhecimento islâmico entre os muçulmanos e a chamar os incrédulos para o Islam. Ele lutou contra os desvios e inovações herdados daqueles que o tinham antecedido. Devolveu ao Povo do Livro os direitos prescritos no Alcorão. Indicou exegetas para registrarem os hadices do Profeta e as citações de seus Companheiros . Com ele, na verdade, iniciou-se o primeiro movimento de registro dos hadices.

Estas reformas tiveram um profundo impacto na comunidade muçulmana e é por isto que 'Omar ibn Abdul Aziz merece ser chamado de o restaurador do primeiro século.

FONTES:

"A História", de At-Tabari
"A Short History of Islam" - S.F. Mahmud



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